Oficina de Arpilleras no Memorial da Cidade de Curitiba (Sexta)

Nesta sexta (11/05) aconteceu uma oficina de arpilleras no Memorial da Cidade de Curitiba (PR), na qual participaram 16 pessoas. A oficina foi aberta, sendo que as inscrições foram feitas durante os horários de visitação da exposição, assim como através do grupo Tortura Nunca Mais.

A oficina começou as 14h00 com uma visita guiada com o objetivo de apresentar aos/às participantes o história das arpilleras chilenas, entender o contexto no qual foram criadas e o papel fundamental que estas peças de artes tiveram como ferramenta de denuncia e protesto na época da ditadura militar.

A partir desta apresentação que os/as participantes começaram discutir em três grupos as problemáticas atuais da sua cidade e das suas comunidades. De aí surgiram às temáticas das três arpilleras que foram confeccionadas durante a oficina, dando resposta às memórias das arpilleristas chilenas, as/os arpilleristas curitibanos denunciaram entre outros a desigualdade social da cidade e a falta de segurança e homenagearam aos/às catadores/as de lixo pela sua grande contribuição social e ambiental.

Para encerrar, fizemos uma roda, cada pessoa se apresentou ao resto e cada grupo explicou o que queriam representar na sua arpillera. Finalmente leram a mensagem que tinham incorporado dentro de um bolsinho no avesso de cada arpillera:

“Bordamos nosso olhar para a cidade e as pessoas que coletam lixo reciclável, que vivem, andam, trabalham pelas diversas Curitibas. Expressamos nosso desejo profundo de uma cidade e um mundo mais justo sem violência para que todos vivam com dignidade em todos os espaços”.

“Este quadro representa o desejo de mais segurança para a comunidade, onde as pessoas possam viver com mais tranquilidade e harmonia, sabendo que a liberdade do bem viver é um direito de todos, não um privilegio de poucos”.

“As ruas, antes espaço de brincadeiras, agora, oferecem perigo. Os bairros de maior renda têm projetos urbanísticos. A araucária, alta, esguia é uma alegoria da sociedade: riqueza extremamente concentrada e distante da maioria da população. O jovem, ao centro, é uma incógnita: um lutador? Artista marcial? Malabarista? Vendedor de frutas? Usuário de ônibus? Incorpora uma figura mitológica (Exu, Hermes, Mercúrio), mensageiro entre dois mundos. Representa o comercio e o trafego, situações de encontro e relação entre as pessoas de diferentes origens e classes. A condição social e econômica independente de etnia. Simbologia de cores: esperança (verde), riqueza (amarelo), amor (vermelho).”

Grupos participantes:

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Uma resposta para Oficina de Arpilleras no Memorial da Cidade de Curitiba (Sexta)

  1. wemerson faria disse:

    Foi um trabalho surpreendente pela força no sentido e resultado final.Parabenizo o trabalho de Esther que conduziu muito bem desde o acolhimento dos visitantes até o trabalho geral nas oficinas e a senhora Clara também.Parabéns!

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